O artigo dedica-se a analisar a importância da navegação fluvial para a integração regional amazônica. Com o desenvolvimento do direito internacional do meio ambiente, a Amazônia, cuja preservação torna-se objeto de interesse da humanidade, em razão de suas riquezas naturais, diversidade cultural e importância ecossistêmica. Como reação ao discurso de internacionalização, os Estados amazônicos subdesenvolvidos, liderados pelo Brasil, adotam o Tratado de Cooperação Amazônia, cujo propósito imediato é reafirmar a soberania territorial e estimular a cooperação entre si. Entretanto, o Tratado vai além, podendo ser identificado como base normativa para a integração regional. Para tanto, destaca-se a navegação fluvial, que, por sua vez, depende de investimentos em infraestrutura. A fim de suprir essa demanda, a Iniciativa para a Integração de Infraestrutura Regional Sul-Americana, vinculada à União das Nações Sul-Americanas, apresenta-se como alternativa multilateral de investimentos nesse setor. Contudo, a modificação no contexto político continental, nos últimos anos, marcado por um exacerbado conservadorismo, tem inviabilizado esta alternativa de integração amazônica.