As instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT) desde 1909, tem assumido, prioritariamente, o compromisso transformador na sociedade ao formar os cidadãos humildes em trabalhadores qualificados por meio da educação profissional. Considerando a manutenção de tal preceito na RFEPCT, questiona-se, então, se o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) acolhe, de fato, os jovens pertencentes às famílias de baixa renda e centra a oferta do ensino profissional e o desenvolvimento de suas atividades nesse público-alvo. Este artigo tem como objetivo analisar a renda per capita familiar dos alunos do IFMT comparando-os aos dados de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos municípios sedes dos 14 campi e 05 campi avançados. Os procedimentos metodológicos adotados para o alcance deste intento foram a pesquisa bibliográfica e documental, por meio de levantamento de fontes institucionais oficiais e banco de dados do IBGE. Os resultados apontaram que, no ano de 2016, a instituição atendeu 64,5% de alunos pertencentes a família de baixa renda, com uma renda per capita familiar inferior a 1,5 salário-mínimo. A partir desse período, adotou as políticas de inclusão/acesso/permanência, por meio da institucionalização do sistema de cotas, destinando 60% de suas vagas para alunos advindos de escolas públicas e, dentre essas, para pessoas com deficiência e autodeclarados pardos, pretos e índios. Assim, tem buscado promover a inserção social de jovens de baixa renda e contribuir para o crescimento e desenvolvimento de regiões do estado de Mato Grosso.