No Brasil, a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) é, historicamente, caracterizada pela dualidade, na qual o ensino intelectual é dirigido às elites econômicas e o ensino técnico à grande maioria da população, notadamente, as pessoas menos favorecidas economicamente. A rede federal da EPT, numa perspectiva emancipatória, propõe na atualidade a ruptura desse sistema dual a partir da valorização e interdependência do conhecimento propedêutico com o conhecimento técnico dos processos produtivos. Contudo, a superação desse paradigma educacional relaciona-se à compreensão da formação do professor e da sua prática pedagógica. Nesse sentido, este artigo, a partir da proposta de pesquisa apresentada por Maria Isabel da Cunha (1989), apresentou por objetivo investigar quem é o “Bom Professor” da Educação Profissional e Tecnológica e sua prática sob o ponto de vista dos discentes da graduação do IFNMG Campus Montes Claros. Assim, no primeiro semestre de 2019 foram entrevistados 8 (oito) alunos do 3º período do curso de Engenharia Elétrica e 16 (dezesseis) alunos do 7º período do curso de Engenharia Química. Os resultados foram analisados a partir da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Conforme DSC dos investigados, o “Bom Professor”é aquele que apresenta uma prática inovadora, crítica e criativa, que possui relacionamento interpessoal com os discentes pautado no respeito, na confiança, na paciência e na troca de conhecimento. Percebeu-se que houve semelhanças nos resultados apresentados nos estudos de Cunha (1989), todavia, evidenciou-se utilização de práticas inovadoras, reafirmando a ideia de que o processo de educação está em constante mudança e adaptação.