O atual Tocantins, desmembrado do espaço goiano em 1988, apresenta características migratórias intensas, sobretudo de populações procedentes das regiões Norte e Nordeste, o que se traduz em ações centrípetas e centrífugas relacionadas às formas dialetais de informantes locais e migrantes. Em razão desse movimento de falantes plurivarietais, realizamos o “Atlas Linguístico Topodinâmico e Topoestático do Estado do Tocantins” – ALiTTETO (2018), defendido como tese de doutorado na Universidade Estadual de Londrina. O trabalho, lato sensu, foi composto por inquéritos realizados em 12 localidades, junto a 96 informantes estratificados por idade, sexo e mobilidade (migrante e não migrante). Neste recorte, fornecemos resultados nos níveis fonético-fonológico, mais precisamente na variação do rótico em coda medial, que atrela o Tocantins a uma norma fonética presente nas regiões Norte e Nordeste brasileira; e no viés lexical, com a apresentação das variantes para libélula/cambito/cavalo/cavalinho (de/do capeta, cão, judeu), que demonstra a formação de área dialetal nas proximidades com o espaço intitulado como Falar Baiano.
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