Abstract

O artigo apresenta um confronto entre diferentes perspectivas da ruína arquitectónica. Uma, dominante na história das ideias, insere as ruínas na dimensão do tempo, seja como sinais da brevidade da vida humana, seja como símbolos de uma Idade de Ouro em que o tempo se fixou como eternidade. Uma diferente leitura deve-se ao filósofo Georg Simmel, no ensaio “Die Ruine”, de 1911. Enquanto obra humana, um edifício ergue-se quando a consciência e vontade dominaram os materiais naturais. Quando se desfaz, e acaba por tombar, dá-se uma inversão dos papéis: são as potências naturais que desempenham o papel de agente activo, acabando por fundir as ruínas na paisagem envolvente.

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