Abstract

A partir do caso de estudo de Cabo Verde, propomos uma reflexão sobre o entrecruzamento das políticas alimentares e o seu padrão corporativo com a mentalidade extrativista dos recursos naturais e humanos – cuja massificação ao nível planetário teve início no colonialismo acoplado à revolução tecnocientífica europeia. Tendo sido considerado o 7º país do mundo mais vulnerável às alterações climáticas, Cabo Verde constitui, de facto, um caso particularmente interessante para refletir sobre a perpetuação das lógicas coloniais e os imaginários sociais. Urge, assim, encontrar novos imaginários ligados ao mar que contribuam para modos de produção e padrões alimentares sustentáveis ao nível social e ambiental de modo a contrariar a mentalidade extrativista capitalista e a criar um espaço para a reinvenção de futuros alternativos.

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