Abstract

Os debates em torno do Antropoceno contribuíram para desqualificar uma interpretação redutora da crise ambiental que a procura entender como uma deficiência no interior de um modelo de civilização que se considera essencialmente positivo e duradouro, deficiência essa que pode ser corrigida por meios tecnológicos, que dispensam um exame crítico mais profundo. O conceito de Antropoceno, pelo contrário, ao juntar a temporalidade histórica com a temporalidade geológica, obriga-nos a perceber tanto a dimensão existencial e ontológica da crise ambiental global em crescimento exponencial, como também a compreender as responsabilidades causais da ação humana nos últimos dois séculos – também ela diferenciada por regiões, classes sociais e modos de produção - na génese dessa crise que pode degenerar em colapso.

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