Abstract
Neste texto, de caráter ensaístico, problematizamos as referências à redação escolar como um mero tipo de texto. Nosso objetivo é questionar por que não a assumir, sem receios, como um gênero textual pleno, mesmo considerando as críticas a essa prática coercitiva no ambiente onde circula. A discussão aqui empreendida, pelo viés do linguista aplicado, destaca alguns posicionamentos de estudiosos da linguagem e de pesquisadores do ensino de língua materna, bem como dialoga teoricamente com categorias de duas vertentes discursivas, a bakhtiniana (responsividade) e a pêcheutiana (posição-sujeito e interdiscuso), observando a fronteira de cada escopo, a fim de deslocar definições que não mais respondem ao funcionamento desse tipo de comunicação, isto é, o mediado pela redação escolar.
Highlights
In this essay, of an essayistic nature, we problematize references to school composition as a mere type of text
Considerações finais Neste texto, problematizamos as referências à redação escolar como mero tipo textual, dada a superficialidade, apontada por seus críticos, decorrente do modo como ela é imposta aos estudantes, comparando-a, porém, com outras atividades escolares, as quais também não podem ser consideradas não-gêneros, uma vez que, com todas as ressalvas aqui consideradas, não deixam de estabelecer interação mediada pela linguagem entre os sujeitos nas atividades humanas operacionalizadas na escola
A título de mais problematização, a rotina de bater continência, nas Forças Armadas (de qualquer nação), incluindo a polícia, é uma prática de comunicação multissemiótica, pois (com foco no Brasil), em dada instância, como uma prática ritualística, é provocada por um enunciado de comando altamente cristalizado, cuja entonação do proferimento, no acontecimento enunciativo (Pelotão, sentido!), provoca o gesto (responsividade por meio de outro signo) quase que mecânico dos soldados, isto é, de elevar a mão direita à fronte com determinada postura do corpo, e nem por isso a resposta ao comando deixa de ser um gênero textual-discursivo, mesmo que não-verbal, pois a responsividade vem por meio dessa linguagem gestual
Summary
Of an essayistic nature, we problematize references to school composition as a mere type of text.
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