Abstract

O presente ensaio apresenta algumas conexões possíveis de ser pensadas entre o pensamento de Pier Paolo Pasolini e a filosofia de Giorgio Agamben. A partir do problema do modo como o diretor Pasolini pensa e expõe o rosto em seus filmes, pretende mostrar que essa preocupação tem a ver com uma dimensão ética e política. Na sequência, pretende exibir como tal dimensão pode ser encontrada também nas reflexões de Agamben. Para tanto, investiga certa influência de Pasolini na maneira como Agamben também pensa a questão do rosto. Estabelece meios de pensar a pertinência da aproximação, com as devidas nuanças, da ideia de nostalgia, em Pasolini, à de arqueologia, em Agamben. Por fim, pretende mostrar como ambos tomam a implicação do vivente humano na linguagem como uma condenação que, no entanto, pode ser a abertura a uma desesperança como linha de fuga à tragédia.

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