Abstract

Este artigo apresenta uma reflexão sobre alguns índices de modernidade na arte brasileira, com enfoque na música. Observou-se como o(s) modernismo(s) brasileiro(s) operou negociações entre o regional e o estrangeiro e como as imagens de brasilidade foram agenciadas em sua circulação internacional até os anos 1960, nos quais emerge a Bossa Nova. Esta foi entendida como ponto de inflexão para os desdobramentos estéticos em imagens visuais e sonoras. Nesse sentido, destaca-se o compositor Gilberto Mendes, que se apropria desse gênero, visto como representante de certa noção de brasilidade, e usa os ideais modernistas do Movimento Música Nova, numa confluência do local e do internacional. Como exemplos desse processo, foram analisadas as obras Diálogo de Ruptura e Viva Villa II e, para tanto, foi utilizada uma metodologia interdisciplinar e qualitativa, abarcando revisão bibliográfica e análise musical, além de trazer majoritariamente contribuições da História da Arte e da Musicologia. Pretende-se, assim, contribuir para uma visão mais reflexiva e crítica do modernismo musical brasileiro, bem como para uma perspectiva abrangente das influências da Bossa Nova na nossa música de concerto, em um modo de análise que toca problemáticas que a própria formação social, étnica, cultural, política e econômica do País encerra.

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