Abstract

O artigo tematiza a figura de Daisy, uma jovem normalista que frequentou uma garçonnière mantida por Oswald de Andrade, à Rua Libero Badaró, em São Paulo, no ano de 1918, alguns poucos anos, portanto, da Semana de Arte Moderna que aconteceu em 1922. Lá se produz um livro a várias mãos, um diário coletivo, O Perfeito cozinheiro das almas deste mundo, que veio a ser publicado apenas na década de 1980 em edição fac-similar sendo, mais tarde, incorporado às Obras Completas de Oswald de Andrade. No diário, Daisy escreve sob o pseudônimo de Miss Ciclone. E acaba por se tornar o centro do livro, já que os rapazes que escrevem no livro são todos fascinados pela feminilidade misteriosa que Miss Ciclone representa. Amante de Oswald à época, Daisy vem a falecer de um aborto em 1919. O caso Miss Ciclone leva a reflexões acerca da posição das mulheres na sociedade da época e em particular às ausências de representantes femininas na Literatura na Semana de Arte Moderna. O artigo procura demonstrar como o patriarcalismo foi mais forte que as inovações que foram expostas na Semana de Arte Moderna.

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