Abstract

O artigo propõe a leitura da tela A memória (1948), de René Magritte, como uma espécie de compilação das teorias mais importantes da memória. Para tanto, a discussão perpassará cada elemento que compõe a tela – uma fronte em mármore, um guizo, uma folha, uma cortina vermelha e um céu repleto de nuvens – buscando compreender a problematização do conceito de memória proposto pelo autor em imagens. Nesse sentido, temas adjacentes serão colocados em pauta, dentre eles as metáforas da memória mais recorrentes, como a do livro, sobretudo em Dante Aliguieri; a relação entre memória e morte, especialmente no que diz respeito ao trauma, que discutiremos a partir do tratado de retórica clássica Ad Herenium, bem como a própria relação entre passado, presente e futuro, lido aqui de Aristóteles a Lewis Carrol. Nesse sentido, partindo de uma análise comparativa entre a tela e alguns textos literários e teóricos, o artigo se propõe a compreender do que trata a memória para René Magritte.Palavras-chave: memória; mnemotécnica; escrita; tempo; esquecimento 

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