Abstract

Enquanto esforço de historiografia literária e editorial, o presente artigo tem como objetivo lançar luz sobre as edições portuguesas de romances brasileiros realizadas pela editora Livros do Brasil, casa fundada em Lisboa, em 1944, por António de Sousa Pinto. A partir da recuperação de fontes primárias (com destaque para cartas e contratos), examinam-se, sobretudo, as negociações travadas entre Sousa Pinto e José Olympio no que diz respeito à edição, em Portugal, de títulos de dois importantes autores de nossa chamada geração de 1930: José Lins do Rego e Rachel de Queiroz. Mais especificamente, recupera-se o embate travado entre a atitude interventiva do editor luso, que defendia a necessidade de se ajustar o texto das obras de ambos os escritores à variante europeia do idioma, de modo a aproximá-las do leitorado português, e a recusa inicial dos romancistas, que exigiam o respeito estrito aos “brasileirismos” por eles empregados.

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