Abstract

É característica marcante da obra do dramaturgo irlandês Brian Friel a representação da memória no palco. Dancing at Lughnasa é uma de suas peças classificada pelos críticos como uma “peça de memória” por apresentar, assim como a peça The Glass Menagerie de Tennessee Williams, um narrador-personagem que narra eventos de seu passado. Porém, a relação dessa peça de Friel com a memória vai muito além da mera temática e passa a ser o procedimento e a forma do dramaturgo de fazer teatro à memória do próprio teatro, recuperando suas origens nos rituais e na tragédia e relendo elementos marcantes da fundação do Teatro Literário Irlandês. Partindo da ideia do “fantasmático” no teatro desenvolvida por Carlson, o objetivo desse artigo é detectar alguns dos “fantasmas” presentes no texto de Friel, mostrando o caráter metateatral da peça e de que forma Friel faz do seu teatro um Teatro de Memória.

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