Abstract

Este artigo analisa a versão adaptada da obra Rapunzel e o Quibungo (2012), aprovada pelo PNLD Literário – 2018. A obra adaptada por Cristina Agostinho e Ronaldo Simões retoma um conto resgatado pelos irmãos Grimm, apresentando a Rapunzel e o príncipe negros, além do Quibungo – o bicho-papão da cultura oral africana –, ambientados na Bahia no espaço da Lagoa do Abaeté. O artigo desenvolve uma reflexão acerca da representação das crianças negras por meio de personagens adaptadas na literatura, cujo teor reproduziu, ao longo de séculos, o ambiente e a visão eurocêntricos. Nessa esteira, desenvolve-se uma discussão sobre a representação, formação e valorização da identidade negra, autoria negra e Negrismo, a partir discussões de autores como Hall (2016), Oliveira (2021) Gomes (2012), Castilho (2004) e Dalcastagnè (2012), apontando para a necessidade da inserção de autores negros e suas produções no campo editorial, principalmente em Programas de incentivo à leitura como o PNLD Literário.

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