Abstract

Neste artigo, abordamos o feminismo afrodiaspórico de mulheres negras brasileiras. Temos como objetivo problematizar alguns aspectos de resistência da mulher negra, a partir da obra de duas escritoras negras, Carolina de Jesus e Conceição Evaristo. Ambas têm o cotidiano da mulher brasileira, negra e pobre, como ambiente em que se dá a experiência feminina de suas personagens, que são construídas a partir de referências autobiográficas. Para tanto, selecionamos alguns fragmentos da obra das escritoras, notadamente aqueles em que há falas ou relatos sobre a vida, nos quais podemos vislumbrar questões de gênero e de resistência. Quanto à fundamentação teórica, os estudos decoloniais, de discurso e também os de feminismo negro consistem nos principais eixos teórico-metodológicos que alicerçam nossas reflexões. Dentre os autores mobilizados, destacamos Gonzalez (1984), Collins (2020), Gilroy (2001), Maldonado-Torres (2019) e Souza (2018). Quanto aos resultados, consideramos as várias camadas de colonialidade que aprisionam a mulher negra.

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