Abstract

Este artigo busca analisar o livro de poemas Urucungo (1932), de Raul Bopp, e sua relação com o discurso historiográfico dominante. Assumindo a missão de “escovar a história a contrapelo”, tal como aparece em Walter Benjamin (2012), o sujeito lírico dos poemas, que se configura como testemunha, narra a história da escravidão no Brasil a partir da perspectiva do oprimido. Com isso, este mesmo sujeito lírico, ao reconstruir a história oficial utilizando-se de imagens da memória, propicia a rememoração ativa do passado, na tentativa de compreendê-lo, mas também de marcar os ecos desse passado no presente para barrar a continuação da opressão sofrida pelos negros. Partindo desse eixo de análise, serão norteadores os trabalhos de Florestan Fernandes (1965), Antônio Hohlfeldt (1998), Jaime Pinsky (1998) e Jeanne Marie Gagnebin (2009).

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