Abstract

Neste artigo analisamos o papel de festividades e desfiles cívicos na formação da juventude nas cidades fronteiriças de União da Vitória (PR) e Porto União (SC), a partir do Decreto-Lei nº 2072, de 8 de março de 1940, que institui e fixa bases para a educação cívica, moral e física para crianças e jovens matriculados em estabelecimentos de ensino. Para isso, utilizamos fotografias localizadas no Arquivo Público de Florianópolis e notícias publicadas pelo periódico “O Comércio”, de Porto União (SC), revelando o entusiasmo com a formação da juventude e infância por ocasião da comemoração alusiva à Independência do Brasil e à Juventude Brasileira. A pesquisa é de cunho sócio-histórico e está vinculada ao Núcleo de Catalogação e Pesquisas em História da Educação (Nucathe), curso de Pedagogia da Unespar - União da Vitória (PR). Como base teórica, citamos Bencostta (2006; 2011); Hobsbawm (1990; 1998) e Horta (2012). Durante o Estado Novo, portanto, o culto aos símbolos pátrios durante sessões públicas tornou-se obrigatório para crianças e jovens estudantes de 7 a 18 anos, conformando uma cultura dentro de perspectivas ideológicas específicas do período ditatorial.

Highlights

  • In this article we analyze the role of civic festivities and parades in the formation of youth in the border cities of União da Vitória (PR) and Porto União (SC), based on Decree-Law No 2072, March 8, 1940, for civic, moral and physical education to children and young people enrolled in educational establishments

  • We used photographs located in the Public Archive of Florianópolis and news published by the newspaper O Comércio, from Porto União (SC), revealing the enthusiasm with the formation of youth and childhood on the occasion of the commemoration alluding to the Independence of Brazil and Juventude Brasileira movement

  • The research is of socio-historical nature, and is linked to the Nucleus of Cataloging and Research in History of Education (Nucathe), Unespar’s Pedagogy course – in União da Vitória (PR)

Read more

Summary

Escolarização na região da Guerra do Contestado

A cidade de Porto União da Vitória originou-se de uma vila que inicialmente pertencia à Freguesia de Palmas, município de Guarapuava (PR). As crianças e jovens das duas cidades frequentavam grupos escolares, escolas étnicas, como, por exemplo, a escola alemã (IHLENFELD, 2011) e escolas confessionais vinculadas à igreja católica. Entre os principais estabelecimentos de ensino, no lado catarinense dos trilhos, elencamos: Escolas Reunidas de Porto União, criadas em 1918; o Grupo Escolar Balduíno Cardoso, criado em 1927 a partir das Escolas Reunidas e a Escola Complementar anexa, criada em 1928. Nos municípios de União da Vitória (PR) e Porto União (SC) as escolas multisseriadas foram os principais locais para as crianças alcançarem a instrução por muitos anos. Localizadas nas cidades ou áreas rurais dos municípios, seguiam orientações e normas específicas dos respectivos estados, inclusive para as festividades escolares que eram realizadas conjuntamente com estudantes e comunidade, formando um “ambiente propício para difundir o sentimento patriótico entre os educandos e a população em geral” A infância e a juventude brasileira demonstravam conhecimento cívico, difundindo laços de pertencimento ao Brasil e amor à Pátria

Juventude brasileira e escolarização
Considerações finais
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.