Abstract

A despeito da Região Amazônica possuir uma biodiversidade apontada como uma das mais importantes e abrangentes do planeta, não vem traduzindo esses recursos potenciais em geração de riqueza econômica para a região e seus residentes. Em grande parte isso está relacionado às fragilidades do Sistema Regional de Inovação, imaturo/incompleto em termos da base de pesquisa (desenvolvimento científico e tecnológico) e de formação de capital humano, com condições relativamente desfavoráveis ao avanço do conhecimento acerca da biotecnologia e da bioprospecção, base fundamental para exploração em larga escala desse tipo de recurso. E, consequentemente, sua base produtiva de exploração é “pobre” em termos da capacidade de alavancar o crescimento da região e promover o desenvolvimento de seus residentes. O artigo tem por objetivo discutir essas questões à luz da abordagem do Sistema Regional de Inovação.

Highlights

  • In spite of Amazon Region possess a biodiversity pointed as one of most important of the planet, doesnt come translating these potential resources in generation of economic wealth for the region and its residents

  • The article aims to discuss these issues in the light of the Regional Innovation System approach

  • S. Relatório Setorial sobre inovação tecnológica na indústria farmacêutica brasileira: uma análise a partir dos indicadores de inovação, 2007

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Summary

INTRODUÇÃO

A biodiversidade é apontada por alguns autores como um recurso econômico estratégico na economia do novo milênio, considerando suas potencialidades de uso em diversos ramos da indústria: fármacos e medicamentos; cosméticos e higiene pessoal; alimentos e bebidas; energia; entre muitas outras possíveis aplicações. No contexto do Sistema ou como um produto do mesmo, a interação entre empresas, universidades/instituições de pesquisa e governo tem um papel decisivo, especialmente, na dinâmica dos investimentos a partir da própria dinâmica da produção científica e de estratégias de proteção desse conhecimento (CASSIOLATO, 2010) e como ele é incorporado ao processo produtivo, “enquanto um negócio baseado em ciência”. A cooperação entre os três agentes citados acima, conforma a base do argumento da Hélice Tripla (ETZKOWITZ; LEYDESDORFF, 1997, 1998), em um formato mais analítico do Sistema de Inovação, ou um subsistema deste (URIONA-MALDONADO et al, 2012), que vai além da visão linear do processo de inovação (Brisolla et al, 1997), e concebe o papel do governo, da empresa e das entidades formadoras e difusoras do conhecimento, em especial, a universidade, e a interação entre eles, os elos decisivos para a promoção de inovações e, como consequência, do desenvolvimento econômico (RANGA; ETZKOWITZ, 2013). As três variáveis-chave que sustentam o desenvolvimento de biotecnologias relacionam-se com o capital humano, a disponibilidade de recursos de financiamento e a proteção do conhecimento gerado em inovações (FREITAS; SOUZA FILHO, 2012)

Bioprodutos
Dependência do desenvolvimento científico-tecnológico
Biodiversidade e Diversidade de Produtos
Considerações Finais
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