Abstract
A crescente publicação dos materiais chamados de grey canon beckettiano —textos compostos pela correspondência, diários, manuscritos, cadernos de anotações de leituras e esquemáticas de direções teatrais — tem fornecido um vasto campo de estudos para a análise das concepções estéticas de Samuel Beckett. Com isso, noções canônicas relativas à progressão de suas reflexões, assim com sua relação com a elaboração de suas obras literárias, têm sido reformuladas, postas em xeque ou rearranjadas. O presente artigo busca contribuir para esse esforço ao colocar em evidência o percurso sinuoso de ideias como a da mobilidade, da mudança e da sucessão ao longo dos escritos estéticos beckettianos das décadas de 1930 e 1940, tendo como foco o lugar singular que elas ocupam no ensaio “A pintura dos Van Velde ou o mundo e as calças” (1946).
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