Abstract

Estudos transumanistas e pós-humanistas apresentam o aprimoramento corpo humano como um meio de garantir mais autonomia aos indivíduos, no entanto, quanto mais envolvimento e aprimoramento dos corpos, mais robóticos os humanos passam a ser. Obras distópicas apontam para um fenômeno de distanciamento entre os humanos e exclusão dos mais fracos e/ou diferentes de uma aparência física e comportamento padrão. Em contrapartida, observa-se robôs humanoides com aprimoramento de vida artificial que procura mostrar um comportamento humano em corpos robóticos. Neste trabalho será analisado como a empatia pode ser manifestada em corpos não-humanos a partir do conceito de vida artificial na obra Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? (1968), procurando compreender o quanto o conceito de empatia apresentado na narrativa é falho e se manifesta como uma forma de restringir e eliminar a existência de corpos não-humanos. Para tanto, será feito uso de pesquisadores como Hayles (1999), Bedau (2007) e Brand (2013) para discutir aspectos conceituais de transumanismo, pós-humanismo e vida artificial.

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