Abstract
O presente estudo visa investigar como as crianças bilingues de chinês e português compreendem o progressivo (imperfetivo) e o pretérito perfeito (perfetivo) em diferentes contextos em português. Pretende-se também compreender se os fatores extralinguísticos, como a experiência linguística e a idade de início de exposição regular ao português, influenciam a aquisição e a compreensão da morfologia aspetual. Assim, elaborámos uma tarefa de seleção de imagem, realizada por 43 falantes bilingues de chinês e português e 43 falantes nativos de português, entre os 6 e os 12 anos. Dos resultados obtidos observámos que estes falantes adquirem as propriedades aspetuais numa determinada sequência, começando por associar o perfetivo aos predicados télicos (accomplishments e achievements) e o progressivo a predicados durativos (atividades e accomplishments), verificando-se as principais dificuldades nos itens de achievements no progressivo, como prediz a Hipótese da Primazia do Aspeto. Embora os fatores extralinguísticos mostrem correlação com o nível de escolaridade dos falantes, não parecem influenciar significativamente a compreensão destas propriedades aspetuais.
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