Abstract
Com base num estudo de corpus, este artigo examina o papel de diferentes fatores pragmáticos para a escolha do antecedente de um objeto nulo ou um clítico no português europeu. Os resultados mostram que tanto os objetos nulos quanto os pronomes clíticos são marcadores de alta acessibilidade, referindo-se a referentes recentemente e explicitamente mencionados no discurso, tal como os sujeitos nulos. No entanto, diferem dos sujeitos nulos na ausência de cadeias referencias prolongadas e ininterruptas, o que implica que os objetos nulos e os clíticos de objeto têm uma função pragmática e referencial distinta dos sujeitos nulos. Também mostramos que tanto os objetos nulos como os clíticos se referem preferencialmente a antecedentes com a função sintática de objeto. Isso indica um paralelismo sintático que é ligeiramente atenuado no caso dos objetos nulos. Finalmente, o facto de tanto os objetos nulos como os clíticos coocorrerem com sintagmas nominais sujeito indica que um sujeito realizado na mesma frase não intervém na ligação referencial e que os objetos nulos e clíticos representam alternativas sintáticas.
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