Abstract

O artigo explora as relações entre as identidades locais do Antigo Regime ibérico e a produção de culturas históricas e culturas políticas na cidade da Paraíba de Nossa Senhora das Neves, entre os séculos XVII e XVIII. Com o fim da guerra da Liberdade Divina e a difícil tarefa de reerguer as capitanias do Norte, repartindo os postos do governo local em um contexto de crise da economia do açúcar, se acentuara a fragmentação e disputa entre as elites senhoriais, todas aparentadas e oriundas do “berço olindense” dos Quinhentos. O acirramento das rivalidades permitiu a eclosão de um emergente sentimento nativista na cidade da Paraíba cujo principal expoente fora o Senado da Câmara e os seus vereadores, inventores de uma toponímia da política local baseada na manutenção dos privilégios e isenções dos “primeiros conquistadores” daquela capitania régia e na defesa da autonomia militar e político-administrativa perante o poderoso vizinho ao sul – Pernambuco.

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