Abstract

A história da ocupação e domínio do território cearense é de muita violência contra os povos nativos. Para sobreviverem, os índios desenvolveram uma série de ações, negociando, lutando, adaptando e reelaborando suas visões e realidades, acumulando experiência e cultura política, que foi essencial para a manutenção de sua identidade e das suas terras coletivas. O Diretório Pombalino teve uma grande longevidade no Ceará e, mesmo com a sua revogação oficial, permaneceu como modelo na condução e no trato da população indígena até meados do século XIX (SILVA, 2005). Este artigo de revisão bibliográfica tem por objetivo demonstrar como a historiografia cearense sobre o período apresenta diversas estratégias dos povos indígenas para a manutenção de suas terras e interesses. A partir dessas leituras, e com o entrecruzamento de fontes apresentadas pelos autores, é possível compreender como os indígenas responderam a essa realidade. Este texto destaca os movimentos de circulação e deslocamento dos índios pelo território cearense, como forma de resistência em busca de melhores condições materiais, acionando redes de apoio e multifacetando suas identidades em prol de seus interesses.

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