Abstract

O presente artigo se propõe a percorrer a trajetória artística de um dos mais importantes pintores do neorrealismo português, Júlio Pomar, analisando obras emblemáticas do artista. O procedimento de cotejamento dessas obras levará em consideração as reflexões do filósofo francês Maurice Merleau-Ponty sobre a obra de arte visual e o seu conceito de “expressividade”, intuindo uma análise de traços estéticos que suscitem o inacabamento, a incompletude, a dúvida, a ambiguidade. Partindo dos fundamentos da fenomenologia da percepção, o artigo desenvolve um contraste analítico que, transbordando as margens das telas, desenquadrando-as, pressupõe, por intermédio da intersubjetividade, a passagem entre o inconsciente simbólico e o horizonte afetivo.

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