Esse estudo procura descrever a diversidade linguística angolana oriunda do multilinguismo. A coabitação de cerca de vinte línguas nacionais de origem bantu e não bantu com o português, a língua oficial, promoveu o contato linguístico e concomitantemente a interferência. Nesse contexto, situações de violências simbólicas são frequentes na realidade angolana, motivadas por um ensino que relega a variação linguística, uma vez que o país é caracterizado pelo ensino dogmático, voltado à doutrina da gramática tradicional, que em vez de agregar as qualidades dos alunos, as segrega. Com base nestas constatações, objetiva-se na pesquisa: (i) proporcionar ao professor subsídios que estimulem a reflexão, questionamentos e crítica sobre questões normativas para um viés de ensino voltado à variação linguística, (ii) saber de que forma a norma-prescritiva pode implicar no ensino do português angolano (PA).
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