Objetivou-se avaliar a contribuição de perfilhos vegetativos e reprodutivos na estrutura do capim-marandu (Urochloa brizantha syn Brachiaria brizantha cv. Marandu) diferido com alturas (15 e 30 cm) e doses de nitrogênio (0, 40, 80 e 120 kg ha-1 de N) variáveis no início do diferimento. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três repetições, sendo empregado o sistema fatorial 2 x 4. Houve resposta linear e positiva do número de perfilho vivo no pasto baixo em função das doses de nitrogênio. No pasto alto, a resposta ao nitrogênio sobre o número de perfilho vivo foi quadrática, com ponto de máximo aos 30 kg ha-1 de nitrogênio. A massa de tecido vivo, a percentagem de colmo vivo e o índice de área foliar no pasto baixo aumentaram linearmente com as doses de nitrogênio. A percentagem de lâmina foliar viva diminuiu linearmente com a aplicação de nitrogênio. A participação do perfilho reprodutivo nas massas de lâmina foliar viva e de colmo vivo, e no índice de área foliar foi menor no pasto diferido baixo, quando comparado ao alto. Os perfilhos vegetativos têm contribuição majoritária nas características estruturais dos pastos diferidos do capim-marandu diferido por 80 dias. Os efeitos do nitrogênio sobre a estrutura capim-marandu são maiores no pasto diferido baixo do que no alto. Para conciliar quantidade de forragem e estrutura do pasto, a Urochloa brizantha syn Brachiaria brizantha cv. Marandu diferida em março na região de Uberlândia pode ser rebaixada para 15 cm e adubada com 80 kg ha-1 de N.