Durante as negociações da Rodada Doha (2001-2007), diversos estudos reportaram a preocupação dos países em desenvolvimento com as negociações sobre a liberalização do comércio de bens e serviços ambientais. Partindo dessa discussão inicial, o presente artigo analisa o comércio internacional de tecnologias ambientais entre 2002 e 2013, mais especificamente os fluxos de comércio entre os países-membros da OCDE e os não membros. O objetivo é analisar em que medida os países desenvolvidos seguem na liderança das exportações e aqueles em desenvolvimento limitam-se à condição de importadores de bens ambientais. Os resultados evidenciam este padrão de comércio, mas o cenário muda com a ascensão da China e o declínio da participação dos EUA e do Japão. No tocante ao nível de proteção tarifária sobre bens ambientais, os países-membros da OCDE seguem muito mais abertos, ou seja, aplicam baixas tarifas médias de importação comparadas àquelas dos países não membros.