O clima urbano é influenciado por características morfológicas e de uso e ocupação do solo. Aspectos como grau de verticalização, presença de vegetação e adensamento urbano influenciam diretamente sobre variáveis climáticas, gerando microclimas diferenciados na área urbana. Em relação ao conforto ambiental humano, a possibilidade de se prever fenômenos do clima urbano orienta decisões projetuais arquitetônicas e urbanísticas. Esta pesquisa teve por objetivo analisar diferenças térmicas intraurbanas a partir de dados meteorológicos coletados em estações amadoras participantes da rede Weather Underground, localizadas em diferentes zonas climáticas locais (Local Climate Zones - LCZs) em Londres, Inglaterra. Utilizaram-se dados meteorológicos de dez estações distribuídas nos eixos leste-oeste e norte-sul. Avaliou-se se as variações nos microclimas são significativas o bastante para suprir a demanda de energia para aquecimento e resfriamento de edificações, por meio do somatório de graus-hora de aquecimento e resfriamento para cada ponto. Pela análise do perfil longitudinal das temperaturas, a pesquisa constatou a formação de ilhas de calor nos locais com maior intensidade de uso e ocupação e menor cobrimento vegetal. Com relação à demanda por climatização artificial, notaram-se diferenças consideráveis em função da LCZ de cada ponto.
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