Abstract
O clima urbano é influenciado por características morfológicas e de uso e ocupação do solo. Aspectos como grau de verticalização, presença de vegetação e adensamento urbano influenciam diretamente sobre variáveis climáticas, gerando microclimas diferenciados na área urbana. Em relação ao conforto ambiental humano, a possibilidade de se prever fenômenos do clima urbano orienta decisões projetuais arquitetônicas e urbanísticas. Esta pesquisa teve por objetivo analisar diferenças térmicas intraurbanas a partir de dados meteorológicos coletados em estações amadoras participantes da rede Weather Underground, localizadas em diferentes zonas climáticas locais (Local Climate Zones - LCZs) em Londres, Inglaterra. Utilizaram-se dados meteorológicos de dez estações distribuídas nos eixos leste-oeste e norte-sul. Avaliou-se se as variações nos microclimas são significativas o bastante para suprir a demanda de energia para aquecimento e resfriamento de edificações, por meio do somatório de graus-hora de aquecimento e resfriamento para cada ponto. Pela análise do perfil longitudinal das temperaturas, a pesquisa constatou a formação de ilhas de calor nos locais com maior intensidade de uso e ocupação e menor cobrimento vegetal. Com relação à demanda por climatização artificial, notaram-se diferenças consideráveis em função da LCZ de cada ponto.
Highlights
Urban climate is influenced by morphological features and land use
possibility to predict phenomena related to urban climate may guide design decisions
analyze intra-urban thermal differences from meteorological data collected from amateur weather stations belonging to the
Summary
Zonas climáticas locais (LCZs) são definidas como regiões de distribuição de relativa uniformidade de temperatura superficial e do ar em escalas horizontais de 102 a 104 metros (STEWART; OKE, 2009), as quais influenciam a ilha de calor urbana. O sistema criado por Stewart e Oke (2012) consiste na classificação de locais com diferentes morfologias em 17 diferentes zonas climáticas locais. Estudos da ilha de calor urbana, considerando a classificação morfológica em termos de zonas climáticas locais, de um modo geral, revelam uma relação entre tais zonas e o campo térmico resultante. Oke e Krayenhoff (2014) mostraram que há relação discernível entre LCZs e a intensidade das ilhas de calor, sendo que locais com uma mesma classificação apresentaram condições térmicas semelhantes. KRÜGER, Eduardo; PEREIRA, Natasha Hansen Gapski Avaliação dos efeitos microclimáticos de diferentes zonas climáticas locais em cidade de clima temperado alertam, porém, que condições de tráfego, relevo e cobrimento da superfície são parâmetros não uniformes nas LCZs que influem no microclima, daí a importância da escolha de locais que sejam verdadeiramente representativos de uma dada LCZ para medições, para não subestimar ou superestimar a magnitude da ilha de calor
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