O estudo teve como objetivo avaliar a influência das finanças pessoais do microempreendedor na gestão financeira em microempresas. Para isso, foi realizada uma pesquisa com 96 donos de microempresas localizadas no Rio de Janeiro e que possuem mais de dois anos de funcionamento sob a mesma gestão.Utilizou-se de um questionário com perguntas fechadas a fim de cumprir o objetivo, esses foram analisados por meio da associação entre as duas variáveis qualitativas, competências em finanças pessoais e capacidade de gestão financeira, a partir de uma abordagem quantitativa. O trabalho se torna relevante na medida em que as empresas de menor porte no Brasil representaram 92% do total de empresas privadas. As microempresas com mais de 2 anos constituídos, em particular, apresentam uma taxa de falência de 45% a.a., em que a educação e capacitação são consideradas como fatores limitantes à abertura e manutenção de novos negócios. Foi possível notar que existe relação entre a gestão financeira pessoal e a gestão financeira das microempresas. Muitos não separam contas pessoais das contas das empresas, não possuem capacitação profissional, muitos dos que não fazem planejamento pessoal não tem / utilizam demonstrações financeiras. Foi notado também que os proprietários com dívidas pessoais também apresentam endividamento em seu negócio e os que não possuem investimentos pessoais também acabam não possuindo investimento em suas empresas. Entender como os microempreendedores no Rio de Janeiro lidam com a questão financeira pessoal x profissional pode auxiliar no aprimoramento de programas de desenvolvimento de novos negócios em diversas regiões.