Abstract

O estudo teve como objetivo avaliar a influência das finanças pessoais do microempreendedor na gestão financeira em microempresas. Para isso, foi realizada uma pesquisa com 96 donos de microempresas localizadas no Rio de Janeiro e que possuem mais de dois anos de funcionamento sob a mesma gestão.Utilizou-se de um questionário com perguntas fechadas a fim de cumprir o objetivo, esses foram analisados por meio da associação entre as duas variáveis qualitativas, competências em finanças pessoais e capacidade de gestão financeira, a partir de uma abordagem quantitativa. O trabalho se torna relevante na medida em que as empresas de menor porte no Brasil representaram 92% do total de empresas privadas. As microempresas com mais de 2 anos constituídos, em particular, apresentam uma taxa de falência de 45% a.a., em que a educação e capacitação são consideradas como fatores limitantes à abertura e manutenção de novos negócios. Foi possível notar que existe relação entre a gestão financeira pessoal e a gestão financeira das microempresas. Muitos não separam contas pessoais das contas das empresas, não possuem capacitação profissional, muitos dos que não fazem planejamento pessoal não tem / utilizam demonstrações financeiras. Foi notado também que os proprietários com dívidas pessoais também apresentam endividamento em seu negócio e os que não possuem investimentos pessoais também acabam não possuindo investimento em suas empresas. Entender como os microempreendedores no Rio de Janeiro lidam com a questão financeira pessoal x profissional pode auxiliar no aprimoramento de programas de desenvolvimento de novos negócios em diversas regiões.

Highlights

  • Vale ressaltar que apenas 24,4% dos entrevistados nessa pesquisa sabem o correto significado de estar endividado: “ter parcelas a vencer de compras que foram divididas em prestações ou de empréstimos feitos” (SPC BRASIL, CNDL, 2018), inclusive, os brasileiros apresentam taxa média, para o período de 2005 à 2019, de 20% de comprometimento da renda com pagamento de juros e amortizações (BCB, 2019)

  • O trabalho se torna relevante na medida em que as microempresas no Brasil apresentaram uma taxa de mortalidade de 45% para negócios de 2 anos constituídos, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2016)

  • É importante acrescentar que, de forma geral, as PMEs têm maior concentração na região Sudeste com grande discrepância em relação as demais regiões do país, como aponta o levantamento recente desenvolvido pela DATASEBRAE (2019) com base em dados da receita federal brasileira, que pode ser verificado no gráfico 1

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Summary

A Importância das MPEs na Economia

Como apontam Asai e Almeida (2006), existe um ponto de fundamental importância relacionada à presença das MPEs na economia: a rápida resposta às alterações de mercado. É importante acrescentar que, de forma geral, as PMEs têm maior concentração na região Sudeste com grande discrepância em relação as demais regiões do país, como aponta o levantamento recente desenvolvido pela DATASEBRAE (2019) com base em dados da receita federal brasileira, que pode ser verificado no gráfico 1. É importante observar no gráfico 1, que, em 2019, o DATASEBRAE apontou um total de 16.373.915 empresas privadas no país, sendo 15.061.915 empresas consideradas como empresas de pequeno porte, microempresas ou microempreendedores individuais, ou seja, uma fatia de aproximadamente 92% do total de empresas privadas do país são empresas consideradas como sendo de menor porte. Segundo o Jornal Contábil (2019), por meio de dados levantados pelo Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), em 2015, cerca de 60% das empresas com pouco mais de 5 anos fecham suas portas no Brasil. De acordo com o Sebrae (2016), alguns dos fatores que mais influenciaram o fechamento de pequenos negócios no país são ligados à: falta de planejamento - negociação de prazos com fornecedores e emprestimos com bancos; falta de capacitação – o proprietário não investiu em especialização e em mão de obra qualificada; gestão financeira – não acompanhava custos e despesas com rigor, não fazia gestão de capital de giro e tomava empréstimos que não podia pagar. Dornelas (2005) e Suárez e Gonzáles (2017) ainda reforçam que a falta de uma gestão estratégica adequada é apontada como um fator limitador à sobrevivência das microempresas

Empreendedorismo nas MPEs
Gestão Financeira x Finanças Pessoais
Estudos Relacionados no Brasil
METODOLOGIA
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Findings
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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