Nas últimas décadas, a Genética e a Biologia Evolutiva se tornaram áreas promissoras e intrigantes para a sociedade. No entanto, apesar de seus conceitos passarem a ser considerados importantes na formação de cidadãos críticos e com responsabilidade social, professores e estudantes continuam a relatar dificuldades ao longo do processo de ensino-aprendizagem nessas áreas. Visando compreender e mensurar as dificuldades existentes por parte dos estudantes brasileiros, foi realizada uma pesquisa de natureza documental, de abordagem quanti-qualitativa, por meio da qual foram analisados o desempenho dos participantes e o conteúdo dos itens das provas regulares de Ciências da Natureza, referentes ao Exame Nacional do Ensino Médio de 2012 a 2016. Os resultados obtidos permitiram elencar fatores e objetos do conhecimento relacionados ao menor rendimento dos participantes em itens de Genética e Biologia Evolutiva, quando comparado às demais áreas da Biologia e das Ciências da Natureza. Assim, evidenciando a necessidade de mudanças no ensino-aprendizagem para uma aprendizagem significativa da Genética e da Biologia Evolutiva, bem como identificando aspectos a serem considerados durante a elaboração de itens avaliativos, tais como a construção de alternativas equilibradas entre si, o uso da linguagem científica e a apresentação do problema de forma objetiva e clara, por meio de contextualização adequada. Ao longo desse trabalho são incentivadas reflexões acerca do currículo escolar de Ciências e Biologia e proposta a abordagem de conceitos básicos da Genética e da Biologia Evolutiva, de forma gradativa e coerente com o desenvolvimento dos estudantes e as habilidades da BNCC, desde o Ensino Fundamental.
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