Abstract
O presente artigo analisa os fluxos e contrafluxos no processo de inclusão de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com ênfase naqueles de nível 3 de apoio, em uma escola pública do Distrito Federal, com base em vivências e observações realizadas pela autora no contexto escolar. Esta pesquisa integra uma dissertação de mestrado em andamento, intitulada Trajetória da Inclusão de Estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA): Experiências na Transição entre Classes Inclusivas e Especiais, que busca aprofundar a compreensão sobre os desafios, as práticas e os movimentos entre classes inclusivas e especiais, contribuindo para reflexões acerca da efetividade do processo inclusivo.A pesquisa destaca os desafios enfrentados no percurso de inclusão, evidenciando fatores que contribuem para movimentos de avanço (fluxos) e retrocesso (contrafluxos), como a falta de professores capacitados, de formação continuada, de monitores em número suficiente e de uma infraestrutura adequada. Por outro lado, propõe a adoção de metodologias inclusivas, como o Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA), e práticas humanizadas para minimizar barreiras e favorecer a permanência dos estudantes na Classe Comum. O estudo reflete sobre a necessidade de compreender as razões que levam ao contrafluxo, buscando estratégias para evitá-lo e promover uma inclusão mais eficaz e equitativa. Reconhece, ainda, a importância de ajustes sensíveis e individualizados, considerando, em alguns casos, a Classe Especial como alternativa quando os recursos da Classe Comum se mostram insuficientes para garantir o bem-estar e o desenvolvimento do aluno.
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