Abstract

Ao contrário das emoções, os sentimentos existenciais não são dirigidos a um objeto ou situação específica, mas são o pano de fundo afetivo através do qual a experiência como um todo é estruturada. Adicionalmente, os sentimentos existenciais são sentimentos corporais. Nesta direção, o presente artigo tem como objetivo apresentar a teoria dos sentimentos existenciais desenvolvida por Matthew Ratcliffe em Feelings of Being: Phenomenology, psychiatry and the sense of reality (2008) e o seu vínculo à noção de “dúvida corporal” desenvolvida por Havi Carel em Phenomenology of illness (2016), a fim de explicitar a importância dos sentimentos existenciais para a compreensão da experiência da enfermidade. O artigo é dividido em três seções: 1) Caracterização da natureza das emoções e dos sentimentos; 2) Caracterização dos sentimentos existenciais a partir da fenomenologia da experiência táctil, bem como a distinção entre sentimento existencial, emoção e sintonia afetiva; 3) Análise da alteração dos sentimentos existenciais pela dúvida corporal.

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