Abstract

Busca-se nesse artigo resgatar o sentido de escola como skolé tal como apresentam Masschelein e Simons. Veremos que não se trata de uma pretensão nostálgica, mas de uma tentativa de restaurar uma potencialidade na origem da ideia de escola – algo que foi esquecido: a escola enquanto tempo livre. Os autores belgas destacam o poder de suspensão do tempo produtivo. A escola seriaum lugar de suspensão, mas que dá tempo de estudo; espaço para tal; se constitui com uma materialidade e procedimentos próprios. Masschelein e Simons se debatem principalmente com Rancière e Arendt para abrir esse campo de pensamento sobre o que seria a escola, além de dialogarem com outros pensadores contemporâneos, como Giorgio Agamben. Para Masschelein e Simons, o mundo da produtividade busca uma finalidade em toda ação; o mundo escolar, por sua vez, é um mundo de possibilidades; sociedade, cultura, mundo do trabalho são postos em suspensão. Essa discussão nos leva a tomar o tempo livre como conceito chave que ressignificaria a potencialidade da escola, dando a ela seu caráter originário de expropriação, profanação e oportunidade de renovar o mundo.

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