Abstract

Os impactos dos estudos sobre gênero nas práticas escolares e no processo de elaboração de documentos oficiais de ensino e de materiais didáticos são evidentes. Desde a publicação dos PCN, no final do século passado, tem crescido significativamente o número de propostas curriculares que atribuem ao gênero um lugar de destaque no ensino de língua materna. Nesse sentido, o ensino na perspectiva dos gêneros parece mesmo um fenômeno irreversível. Em meio a isso, professores têm se inquietado em relação ao que e como devem ensinar gêneros. Assim, este artigo busca investigar como o professor de língua portuguesa tem ressignificado esse ensino. O nosso aporte teórico é constituído por alguns estudos no âmbito da didática das línguas, como os de Schneuwly e Dolz (2004) e Lima (2016), numa interface com a clínica da atividade (AMIGUES, 2004; CLOT,2007), com vistas a compreender melhor a natureza do trabalho com gêneros na sala de aula sob a perspectiva docente. Os dados foram obtidos através da colaboração de duas professoras por meio de entrevista e verbalizações em sessões de autoconfrontação simples. Os resultados apontam para algumas categorias de ressignificação do agir didático com gêneros nas práticas de ambas as professoras.

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