Abstract

Partindo da retomada do conceito bergsoniano de percepção em Matéria e memória, o artigo tematiza certas implicações da retração atual de nossas ações possíveis. A seguir, discute efeitos da situação de isolamento e distância social sobre o fechamento do corpo e da porosidade de pele, propondo a noção de pele-teflon. Articula tal fechamento a perspectivas elaboradas por Heinrich Von Kleist no ensaio Über die allmähliche Verfertigung der Gedanken beim Reden (“Sobre a fabricação gradativa dos pensamentos durante a fala”), privilegiando as relações entre pensar, falar e as alterações atmosféricas da Gemüt geradas por interações entre corpos em presença. A partir do texto de Kleist, também explorado por Deleuze e Guattari em Mil platôs, ressalta o aspecto problemático do isolamento e do confinamento em tempos pandêmicos, no que concerne à produção viva e à troca de ideias.

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