Abstract

O mercado agroalimentar brasileiro é majoritariamente dominado pelas grandes empresas nacionais e multinacionais que criam barreiras à entrada de produtos advindos da agricultura familiar. Embora, no Brasil, tenha-se um conjunto de políticas públicas de apoio à comercialização da agricultura familiar, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que reforçam a produção de alimentos, ao mesmo tempo existe um quadro regulatório restritivo, que exclui parte dos agricultores familiares do mercado. Mesmo assim, o País possui um vasto e diversificado mercado agroalimentar, que se mantém com base em um saber-fazer repassado de geração a geração, valorizado pelos consumidores que buscam produtos diferenciados e saudáveis. O reconhecimento de produtos artesanais não é garantia de facilidades de acesso ao mercado; ao contrário, a valorização aumenta as dificuldades devido às pressões no cumprimento da legislação. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo analisar os desafios enfrentados pelos agricultores familiares para se inserirem formalmente no mercado sul catarinense. O procedimento metodológico adotado nesta pesquisa é a descrição, com base em fontes documentais e entrevistas realizadas com dirigentes de oito cooperativas de agricultores familiares da região sul catarinense. Os resultados obtidos evidenciam que os agricultores têm acessado o mercado formalmente, por intermédio de suas cooperativas, além de produzirem para o autoconsumo e comercializarem seus produtos em mercados tradicionais, institucionais e, parte, informalmente, em domicílios e feiras.

Highlights

  • Resumo O mercado agroalimentar brasileiro é majoritariamente dominado pelas grandes empresas nacionais e multinacionais que criam barreiras à entrada de produtos advindos da agricultura familiar

  • The National School Feeding Program (PNAE) and the Food Acquisition Program (PAA), which reinforce food production at the same time, Brazil, as well as the set of public policies to support the commercialization of family agriculture

  • The country has a vast and diversified agri-food market, which is maintained based on a know-how passed on from generation to value, valued by consumers seeking differentiated and healthy products

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Summary

Introdução

Este artigo busca analisar os desafios da inserção formal de produtos da agricultura familiar no mercado. O mercado para produtos da agricultura familiar está aquecido devido às novas demandas de consumidores em face às mudanças nos hábitos alimentares, que têm levado em consideração seus atributos e valores culturais. Partindo dessa (re)valorização da produção artesanal, este artigo tem como objetivo analisar os desafios enfrentados pelos agricultores familiares para se inserirem formalmente no mercado sul-catarinense. A região sul de Santa Catarina se caracteriza pela pequena propriedade rural, cuja base produtiva está voltada para o autoconsumo familiar, com a venda de excedentes em vários mercados, tais como feiras, programas institucionais, em domicílio e no comércio geral. Em relação aos objetivos da análise, a pesquisa se caracteriza como exploratória e descritiva, por descrever as percepções dos entrevistados sobre os desafios da inserção nos mercados e como se estabelecem as relações entre o formal e o informal. A quarta seção trata dos desafios da inserção formal da produção artesanal no sul catarinense

OS desafios da inserção formal no mercado de produtos da agricultura familiar
Os desafios da inserção formal da produção artesanal no sul catarinense
Considerações Finais
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