Abstract
Evidenciando a importância de se discutir sobre o perfil profissional dos docentes de línguas nas Amazônias brasileiras, neste artigo, busca-se avaliar de que modo se contemplam, em Projetos Pedagógicos Curriculares, as línguas estrangeiras e as línguas faladas[1] por povos indígenas, além de questões histórico-culturais que influenciam na formação de professoras e professores dos Cursos de Licenciaturas em Letras da Universidade Federal do Acre (UFAC). Enquanto ao método, optou-se por uma abordagem qualitativa mediante estudo bibliográfico para se analisar de que modo esses documentos atendem a uma formação orientada à diversidade pluricultural, com base no aporte teórico da Linguística Aplicada trans/indisciplinar. Os resultados evidenciam que os componentes curriculares desenvolvidos nos cursos de licenciatura em Letras da UFAC contemplam, de maneira geral e específica, as temáticas referentes às linguagens, culturas e sociabilidades indígenas, negras e afrobrasileiras, o que, de certa forma, pode dar subsídio para futuros professores discutir questões referentes a problemas linguísticos e raciais em sala de aula, tornando os espaços educacionais mais plurais e inclusivos. Não obstante, evidencia-se a escassez de componentes orientados ao ensino de outras línguas estrangeiras distintas daquelas objeto de estudo, dado que sinaliza fragilidade nos Projetos Políticos Pedagógicos, e que dificulta, portanto, a formação plurilingue dos futuros professores. [1] Utilizamos a forma generalista “língua falada” sem desconsiderar as especificidades e importância de línguas sinalizadas.
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