Abstract

Apesar de todas as conquistas dos movimentos sociais no que se refere à educação do campo, as crianças e jovens do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) vivenciam situações de preconceito por sua pertença, quando estudam em escolas não vinculadas ao movimento, vivencias que os marcam profundamente. O preconceito pela pertença ao MST que vem a se somar a diversos outros, foi o tema demandado para ser trabalhado em nosso projeto de extensão, realizado em uma escola técnica de agroecologia fruto de uma parceria entre o MST e o Instituto Federal Tecnológico do Paraná (ITFPR). Os participantes do projeto foram adolescentes e jovens, com idades que variam entre 15 e 24 anos, sete são do sexo feminino e os demais do sexo masculino, todos oriundos de acampamentos e assentamentos da reforma agrária. A metodologia adotada no trabalho foi a realização de oficinas com o tema principal “preconceito e convivência coletiva” e os seguintes temas geradores: possibilidades e limites frente às diferenças, preconceito e empatia, empatia e comunicação, preconceito racial e bullying. Foram realizados oito encontros semanais, com duração de 2 h. Concluímos que a metodologia das oficinas se mostrou efetiva ao ir além dos aspectos educativos/informativos, abarcando e trabalhando com os significados afetivos, os sentimentos e as vivências, proporcionando espaço para a fala, a reflexão e a elaboração, tanto individual como coletiva. Além de potencializar o contexto favorável a formação humana que o MST construiu ao longo da sua existência.Palavras-chave: Oficina; adolescentes, MST.

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