Abstract

A intenção do presente artigo é abordar o pensamento de Paul Ricoeur, filósofo contemporâneo francês, em sua vertente teológica e, a partir de sua proposta de Teologia Narrativa, estabelecer uma hermenêutica da obra Caim, de José Saramago. Embora cientes da advertência elaborada por Ricoeur do cuidado em se estabelecer os limites e aproximações entre a teologia, a filosofia e a literatura, de fato, o nosso pensador sempre recusou a etiqueta de “filósofo cristão”, procurando manter eqüidistante sua confissão de fé e o procedimento filosófico. Do mesmo modo, Saramago se dizia ateu e buscava uma desconstrução profunda da teologia. No entanto, a partir da abertura hermética proposta por Ricoeur em relação à teologia, torna-se possível interpretarmos também a obra de Saramago sob outro prisma, abrindo-lhe também uma possibilidade teológica (original).

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