Abstract
Dentro de um contexto de crise econômica e de mercado no campo cultural e artístico, o presente artigo pretende refletir sobre o possível papel do FITU – Festival Integrado de Teatro da UNIRIO na formação de artistas/produtores. O festival, que também é um projeto de extensão, se caracteriza como um campo experimental, autônomo e horizontal, apontando para um caminho oposto à verticalização comum na produção cultural. Por meio de entrevistas com alunos que fizeram parte da comissão de produção do projeto, analisamos se a vivência que passaram no festival influenciou para que se tornassem produtores ou artistas/produtores depois de formados. Junto a isto fazemos algumas reflexões sobre o papel do artista/produtor e a defasagem do curriculum universitário em relação a essa tendência (e necessidade) mercadológica da autoprodução. Ao mesmo tempo em que traz essa formação para os artistas que ali se formam, o discurso da autoprodução precisa ser olhado com cuidado para não ser sequestrado pelo mito do empreendedorismo como única saída para os problemas das periferias capitalistas. O FITU, porém, segue sendo um projeto de importante papel na formação do novo artista, que encontra novos desafios para sua sustentabilidade nos tempos atuais.
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