Abstract

O trabalho analisa, em perspectiva histórica, o significado e o legado da Frente de Trabalhadores da Cultura de Nuestra America, que reuniu artistas e coletivos latino-americanos entre os anos de 1972 e 1974.  A reflexão sobre a Frente, 70 anos depois de seu início, é balizada pelo contexto em que se fazia presente no ambiente intelectual, político, cultural e econômico a consciência do subdesenvolvimento, como chave de interpretação da estrutura de dependência e subordinação ao centro, presente nos países da periferia do capitalismo, à luz da Dialética da Dependência. O artigo reflete o papel da cultura nos processos de transformação social e de organização para resistência aos golpes e implementação do ciclo de ditaduras na América Latina. Por fim, identifica limites e potencialidades que a experiência em análise aponta para os desafios presentes no campo da cultura política contra hegemônica, em especial do teatro político e popular, e apresenta a Rede de Escolas de Teatro e Vídeo Político e Popular Nuestra America como legado da experiência de organização e resistência decorrente da Frente Nuestra América da década de 1970.

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