Abstract

Este artigo apresenta uma abordagem para localização de instalações em redes logísticas globais, com foco especial no tratamento dos estoques e impostos, aplicada em grandes empresas transnacionais do segmento agrícola operando no Brasil. Os resultados mostram que a restrição de capacidade de armazenagem e o custo de carregamento dos estoques, normalmente desprezados na maioria dos modelos, estão fortemente correlacionados com a definição do número de Centros de Distribuição. A metodologia, a partir da instalação de Centros de Distribuição em diferentes estados e/ou países do Mercosul, permitiu melhorias no fluxo de caixa da ordem de US$ 22 milhões e mostrou o efeito negativo da legislação do ICMS que, para uma melhoria no fluxo de caixa, impõe um aumento nos custos logísticos. Mostra-se que, para a definição da rede logística em empresas credoras de ICMS, o modelo precisa contemplar pelo menos quatro elos da cadeia.

Highlights

  • ■ JTL|RELIT is a fully electronic, peer-reviewed, open access, international journal focused on emerging transport markets and published by BPTS - Brazilian Transport Planning Society

  • A metodologia foi testada em grandes empresas com sérias dificuldades no gerenciamento de impostos e estoques

  • Bowersox e Closs (2001) argumentam que o interesse em ferramentas computacionais para melhorar a eficiência das decisões logísticas aumentou devido a avanços significativos na tecnologia de computação e foi influenciado pelo grande aumento da incerteza em relação à economia e às fontes de matérias primas

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Summary

Modelos de localização e de estoques na literatura

Modelos de localização têm sido estudados há mais de um século. A teoria da localização, incorporando elementos econômicos, é geralmente atribuída a Weber (1909), referência seminal para outros estudos. Dogan e Goetschalckx (1999) apresentam um sistema de produção-distribuição multi-período com vendas sazonais para quatro elos da cadeia (fornecedor, primeiro e segundo estágios de produção e consumidor final), mas não incluem fatores usados em modelos globais, tais como impostos, inflação, taxas de câmbio e outros componentes que influenciam a definição dos países em que se quer atuar. Shapiro (2001) aponta como incorporar modelos de gestão de estoque para a definição estratégica de redes logísticas e afirma que em modelos dinâmicos (modelos que consideram alterações em parâmetros como custo e capacidades ao longo do tempo), a consideração comum de que o estoque no fim do período é zero não é uma abordagem correta, porque haverá produção e distribuição nos períodos seguintes. Arntzen et al (1995) também demonstram a importância dos impostos para a definição da localização de instalações em escala global

Impostos no Brasil
A metodologia e o modelo matemático
Aplicação
Resultados
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