Abstract
Este trabalho tem por objetivo estimar os custos pagos pela sociedade impostos pela atual frota autônoma de caminhões da agropecuária nacional. Para isto, foram consideradas as seguintes externalidades negativas: poluição ambiental, especialmente, a poluição do ar, e acidentes nas estradas. Somando-se a essas externalidades foi considerado o valor do frete pago pelos usuários dos serviços de transporte como uma pseudoexternalidade. O artigo interessa-se por três commodities agrícolas: soja, café em saca e boi em pé. Para o cômputo da externalidade proveniente da poluição ambiental foi utilizado o método dos custos evitados (gastos preventivos). Com relação aos custos sociais dos acidentes nas estradas foram adotados resultados do relatório realizado pelo IPEA (2006). O custo relativo ao frete foi calculado pela diferença entre o valor do frete para a frota na idade de 23 anos e o valor do frete para a frota na idade econômica, isto é, pode-se considerar essa diferença como um fator de ineficiência. Enfim, os três custos somados montam, aproximadamente, R$ 27 mil por caminhão/ano, correspondendo a aproximadamente 15% do preço de um caminhão novo com tecnologia não-poluidora.
Highlights
■ JTL|RELIT is a fully electronic, peer-reviewed, open access, international journal focused on emerging transport markets and published by BPTS - Brazilian Transport Planning Society
Os caminhões velhos impõem externalidades negativas porque poluem a atmosfera e porque provocam acidentes nas estradas e ruas; nesses casos a sociedade tem de arcar com custos de despoluição do ar e custos hospitalares, respectivamente
Tendo em consideração que as duas maiores cooperativas de café de Minas Gerais encontramse localizadas nas cidades de Guaxupé e Varginha, conforme foi aprofundado anteriormente, cujas distâncias até o Porto de Santos são de 355,7 km e 361,0 km respectivamente, e desconhecendo qual proporção da produção atende cada uma por falta de informação fidedigna, utilizaremos no cálculo uma distância média desde a cooperativa até o porto de Santos de 358,35 km
Summary
Nesta seção é apresentada a teoria desenvolvida por Rocha, Ronchi e Moura (2011) para medir o custo social subjacente à atual frota brasileira autônoma de caminhões. Propõem-se a Equação (1) para medir o custo ambiental subjacente à frota de caminhões:. O preço do caminhão velho k, avaliado na época atual, é dado por (considera-se a depreciação θ):. Substituindo a Equação (3) em (2), tem-se que o preço do caminhão velho k, avaliado na época atual, é função de seu valor de aquisição, dados os parâmetros θ e δ. A Equação (1) diz que o custo ambiental subjacente a frota de caminhões é medido pela diferença entre o preço do caminhão novo não-poluidor e o preço do caminhão velho poluidor k, na época atual. : é a externalidade ambiental referente aos veículos com idade I
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