Abstract

Este texto investe em uma discussão sobre o campo da literatura brasileira, chamando atenção para sua formação tradicional, e o modo come ele é organizado, a partir da concepção evolucionista que norteia seu funcionamento. Esse modos operandi do campus sofre duas rasuras que prometem abalar seu funcionamento: a ideia de descontinuidade, defendida pela linha vanguardista da literatura brasileira e a literatura periférica. Nosso intuito é mostrar como a forma que essas duas fissuras foram incorporadas pela tradição literária nacional, acabou minando seu potencial transformador do campo, inviabilizando a democratização de suas formas de valoração, fazendo com que as rasuras não chegassem a operar mudanças significativas no campo da literatura no Brasil. A mitigação dessa engrenagem de fabricação do mesmo, que domina o campo nacional em nossas letras, é apontada brevemente nesse trabalho como força da literatura negro-brasileira e o repertório afrodiaspórico que o constitui, sobretudo a partir das noções de oralidade.

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