Abstract

O objetivo deste trabalho foi verificar se havia associação da contaminação bacteriana do leite com suas práticas de obtenção e perfil socioeconômico de ordenhadores. Foram estudadas 14 propriedades, as quais foram caracterizadas quanto aos perfis socioeconômico dos trabalhadores e microbiológico dos principais pontos de contaminação na ordenha. Os resultados foram comparados estatisticamente. Foram enumerados aeróbios mesófilos (AM), coliformes totais (CT), estafilococos coagulase positiva (ECP) e pesquisada Salmonella spp. na água, mãos, tetos, equipamentos, utensílios e leite (tanque de refrigeração). A idade média dos produtores foi 47 anos, sendo 24 anos, em média, dedicados à leiteria. Apenas uma propriedade possuía mão de obra contratada. Em média, cada propriedade havia 15 animais (234 L/dia). Foi observado que 93% dos produtores realizavam duas ordenhas/dia em sistema mecânico do tipo “balde ao pé”, utilizando água de poço encanada. No local da ordenha havia pia e/ou torneira, piso, teto e iluminação elétrica. Antes da ordenha os ordenhadores lavavam as mãos, eram desprezados os três primeiros jatos de leite, lavados os tetos das vacas e secos com papel tolha descartável, porém, não era realizado pré e/ou pós-dipping. O leite cru obtido em todas as propriedades avaliadas era refrigerado logo após a ordenha, majoritariamente em tanque de expansão. A contaminação média por AM foi 3,19 log UFC/cm² ou mL e de CT 0,77 log UFC/cm² ou mL. ECP não foram detectados na água, mas nas outras amostras a contagem média foi 0,75 log UFC/cm² ou mL. Não foi detectada a presença de Salmonella spp. nas amostras obtidas nas propriedades avaliadas. Houve diferenças significativas entre as propriedades e a contaminação do leite cru obtido foi influenciada pelo grau de instrução, realização ou não das boas práticas, condições das instalações e volume de produção.

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