Abstract

RESUMO O tráfico humano, assunto fortemente midiatizado na virada dos anos 2000 e 2010, voltou a ter repercussão pública em âmbito nacional durante a campanha política para a presidência da República em 2022, na fala de Damares Alves, correligionária do então candidato à reeleição Jair Bolsonaro. Neste artigo, analisamos a potência sedutora da temática e mostramos o efeito desastroso de entendimentos moralizantes a respeito do deslocamento de mulheres para a inserção no mercado sexual. Nossa perspectiva encontra estudos antropológicos como, por exemplo, os de Jo Doezema, Adriana Piscitelli e Marcia Sprandel. Analisamos inquéritos policiais e processos criminais datados de entre 1995 e 2012 - período em que o tráfico de pessoas para exploração sexual se tornou uma questão no Brasil -, motivados pela seguinte provocação: se todos somos contra a exploração sexual, o que temos em comum com Damares Alves?

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